Partir para outro país, aprender
um novo idioma, morar na casa de uma família que não é a sua... tudo isso pode
causar um pouco de insegurança (ou muita!) em estudantes intercambistas, sem
falar em outros inúmeros questionamentos. Pensando nisso, o site de notícias
UOL Educação reuniu algumas das principais dúvidas que rondam a mente daqueles
que decidem ir para outros países para estudar e crescer profissionalmente.
Confira abaixo a lista de 12
itens que tratam de mitos e verdades sobre intercâmbio:
1. Intercâmbio é só diversão”. MITO!
O intercâmbio
proporciona aprendizagem de um novo idioma, vivência de novos costumes e experiências.
Mas o pacote também inclui responsabilidades. "Os programas de intercâmbio
têm regras a serem seguidas e os participantes são obrigados a assinar um termo
de ciência. O descumprimento de regras pode fazer com que a empresa desligue o
intercambista do programa", afirma Paula Prado, gerente executiva da Abipe
(Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil).
2. “É melhor fazer intercâmbio depois de se
formar do que durante o ensino médio”. MITO!
Não há uma idade
definida. A decisão depende da maturidade e dos objetivos que o intercambista
pretende alcançar. "Quanto mais cedo o jovem estiver em contato com um
idioma estrangeiro, mais preparado ele estará para futuramente ingressar em uma
universidade internacional" afirma Carlos Robles, presidente da Belta
(associação de agências de intercâmbio).
A casa de
família pode ser mais barata por incluir alimentação e permitir que o estudante
conheça a cultura local mais de perto. Os especialistas destacam, porém, que é
preciso considerar o destino, já que os custos com transporte público podem
fazer com que os valores se tornem equivalentes. Além do bolso, é preciso ponderar
os costumes da casa.
4.“Namoro de intercâmbio não dá certo”. MITO!
"Não há uma
resposta unânime, mas os especialistas dizem que as diferenças culturais e a
distâncias podem ser superadas", destaca Luisa Perdizes, diretora de
intercâmbios da AIESEC (rede de intercâmbio sem fins lucrativos).
(Stefan Pastorek/UOL)
5. “Ter amigos brasileiros durante o
intercâmbio atrapalha a aprendizagem do idioma”. DEPENDE!
Para Paula
Prado, da Abipe, o ideal é que o intercambista explore a oportunidade de falar
outra língua. "Com amigos brasileiros, a tendência do estudante é ficar na
sua zona de conforto", diz Paula. "Conhecer pessoas e culturas de
diferentes países vai engrandecer o aprendizado", destaca Carlos Robles,
presidente da Belta (associação de agências de intercâmbio).
6. O ideal é começar a se preparar um ano
antes do intercâmbio”. VERDADE!
Quando mais cedo
tomar a decisão, mais tempo você terá para pesquisar costumes, fazer os exames
e preparar a documentação necessária. Fechar um pacote com antecedência também
pode garantir melhores preços.
7. “É possível fazer intercâmbio com pouco
dinheiro”. VERDADE!
Comprar com
antecedência, optar por cursos de curta duração e hospedagem em casa de família
são medidas que costumam baratear a viagem. Além disso, há instituições que
oferecem bolsas para estudar no exterior.
8. “Intercâmbio é valorizado pelo mercado de
trabalho”. VERDADE!
Segundo Paula
Prado, gerente executiva da Abipe, as empresas valorizam muito as competências
desenvolvidas durante um intercâmbio, como flexibilidade, respeito ao próximo e
convívio com a diversidade.
9. “Não dá para aprender o idioma em cursos de
menos de seis meses”. MITO!
Existem cursos
de idiomas para estudantes com conhecimentos básicos da língua estrangeira e
para pessoas que já têm domínio e pretendem fazer cursos curtos para se
aprimorar.
Há cursos para
todos os níveis de aprendizagem. "Depende do programa escolhido, mas se o
estudante já tiver um conhecimento do idioma, a viagem será mais
proveitosa", afirma Carlos Robles, presidente da Belta (associação de
agências de intercâmbio).
Os
intercambistas que escolhem fazer trabalhos sociais em outros países conseguem
aprender o idioma e turbinar o currículo, tudo isso com alto grau de
satisfação. É possível contratar uma agência de intercâmbio, entrar em contato
direto com as organizações não-governamentais ou se inscrever em um programa da
AIESEC, uma rede global que encaminha jovens universitários do mundo todo para
intercâmbios sociais e profissionais.
12. “Trabalho temporário pode pagar gastos com
viagem”. VERDADE!
Alguns
intercambistas trabalham para aprimorar a língua estrangeira, conhecer costumes
locais e ainda conseguem pagar os investimentos iniciais da viagem. "Cada
pessoa que decide fazer um intercâmbio decide também que tipo de experiência
que quer viver", afirma Luisa Perdizes, diretora de intercâmbios da AIESEC
(rede de intercâmbio sem fins lucrativos).
Fonte: UOL Educação