O ritmo dos
Estados Unidos e a beleza da Inglaterra: dois intercâmbios e duas viagens inesquecíveis!
No post de hoje, a gente vai conhecer um pouco de como foi essa super
experiência da advogada Raylla Ryane, que fez, nada mais nada menos, que intercâmbio em
dois países. Sim, isso mesmo! Raylla viajou para os EUA e para Inglaterra para se
aprofundar no inglês e, além de vivenciar o inglês americano e o britânico, ganhou
também aprendizados únicos. Ah, e vamos passar logo para a parte em que ela
fala, porque as respostas estão incríveis! Olha só:
Como aconteceu o processo de escolha dos
dois destinos para realizar o intercâmbio?
Inicialmente, eu já tinha a vontade e a
ideia de conhecer a Inglaterra e os Estados Unidos, e ter as duas experiências
com relação aos dois tipos de inglês. Quando de fato surgiu a oportunidade de
viajar para os dois países, eu escolhi, neles, cidades grandes, que me
proporcionassem diversas opções de turismo e entretenimento, pra que eu tivesse
sempre algo novo pra fazer a cada dia. Londres, especificamente, ainda tinha a
questão de ser na Europa, o que facilitaria a minha ida a outros países naquele
continente, de modo a enriquecer ainda mais meu conhecimento cultural.
Mesmo os Estados Unidos sendo um dos países
mais falados e visitados no mundo, foi possível se surpreender ao chegar no
país? Que aspectos mais surpreenderam?
Sim, com certeza. Eu me surpreendi muito com
o multiculturalismo da cidade, com a segurança, com a facilidade de andar por
Manhattan (o fato de as ruas e avenidas serem numeradas ajuda bastante), dentre
outras coisas.
(Foto: Arquivo Pessoal) |
Não há dúvidas que os EUA são uma potência
econômica, cultural e política em todo o mundo. Mas, para você, o que mais
gostou no país e cidade em que ficou? Por quê?
O que eu mais gostei foi do ritmo agitado da
cidade e da diversidade de opções de entretenimento, com vários restaurantes
temáticos, peças de teatro, jogos de hóquei, espetáculos de Natal, lojas
enormes e lindas. Além de que, eu pude realmente comprovar que Nova York é a
cidade que nunca dorme. Não importa o horário, sempre tem um restaurante
aberto, o metrô funcionando, e assim vai. Dessa forma, era impossível ficar
entediada por lá.
E quanto à Inglaterra, que diferenças
percebeu em relação ao cotidiano, ritmo de vida, cultura, etc?
Com relação à Inglaterra, eu percebi um
ritmo de vida bem mais tranquilo. É muito comum sair à tarde tomar um café com
bolo, um chocolate quente com muffin, ou mesmo o tradicional chá inglês. Em
Londres, eu não percebi tanto a cultura do fast-food, por exemplo. Talvez por
conta do clima frio, eles estão sempre atrás de uma bebida quente pra tomar. Outro
ponto referente à culinária é que meus almoços por lá eram sempre bem
apimentados, pois os britânicos têm uma forte influência oriental nessa parte. Felizmente,
eu não tenho problema com isso, mas pra quem não gosta de pimenta, pode ser
algo sofrido. Ah! Sempre tinha batata no almoço, e a carne não era tão saborosa
quanto a brasileira. Picanha? Era um sonho pra mim lá. Mas era sempre possível
comer um bom frango ou peixe. O café da manhã inglês é ainda mais diferente.
Normalmente, inclui bacon, feijão doce, um tipo de linguiça, tomates; comidas
que você dificilmente encontrará nessa refeição no Brasil.
(Foto: Arquivo pessoal) |
Voltando à questão do clima, foi algo também
com o que eu tive que me acostumar, pois quando eu cheguei, a média de
temperatura era por volta de 10ºC, bem diferente dos 40ºC de Teresina (Piauí). Mas
felizmente eu fui preparada com roupas adequadas. No entanto, era estranho ter
que vestir tantas peças de roupas pra que fosse possível sair de casa. Mais
estranho ainda era o fato de que às 16h já anoitecia, o que provocava uma
sensação de dias muito menores.
Outro ponto que percebi é com relação às
pessoas, as quais são menos calorosas e próximas umas das outras que os brasileiros.
Os londrinos são, na maioria das vezes, cada um por si. Por outro lado, eu pude
perceber que eles são extremamente educados. Eu notei isso principalmente nas
estações de metrô, onde era perceptível que todos estavam sempre com pressa,
mas quem estava fora do trem sempre esperava quem estava dentro do trem sair
primeiro, para só então entrar. Não tinha empurra-empurra ou algo do tipo, e as
pessoas estavam sempre pedindo desculpas por simplesmente ter tocado em você.
Mas acredito também que isso se deva ao fato de o transporte público lá
funcionar muito bem. Tanto o metrô quanto os ônibus eram muito pontuais e frequentes
(além de serem extremamente modernos e bem sinalizados). Então, se você perdesse
um, não era necessário esperar 1 hora pelo próximo, por exemplo.
(Foto: Arquivo pessoal) |
Existem algumas diferenças entre o Inlgês
falado nos Estados Unidos (americano) e o falado na Inglaterra (britânico).
Você teve dificuldades para se adaptar? Como conseguiu superá-las?
Sim, eu tive um pouco de dificuldade de me
adaptar ao inglês britânico, mas acredito que isso se deveu principalmente ao
choque de não poder me expressar na minha própria língua. Fora isso, tinha a
questão do sotaque, com o qual eu tive que me acostumar. Quando eu cheguei nos
Estados Unidos, eu já tinha me adaptado a falar somente inglês, e a minha fala
já tinha melhorado bastante, então, foi mais fácil me adaptar nesse país. Uma
estratégia que me ajudou muito com relação ao idioma foi falar apenas em
inglês, até mesmo com os poucos brasileiros que encontrei na minha escola.
Assim, eu realmente vivenciava aquilo durante praticamente todo o meu dia,
tendo contato com o português somente quando eu me comunicava com minha família
e amigos brasileiros.
No dia-a-dia, foi mais fácil lidar com o
inglês americano ou com o britânico? Por quê?
Americano. Acredito que porque durante toda
a minha vida eu aprendi o inglês americano, além de que eu estou mais
acostumada a ouvir esse tipo de inglês em filmes e séries. Além disso, algo que
foi definitivo também foi o fato de que eu já tinha passado um período de 02
meses falando somente inglês. Então, as maiores dificuldades pelas quais eu
passei com relação à língua, eu já tinha vivido na Inglaterra. O inglês britânico,
além de ter algumas palavras diferentes (ex.: pants (Ame) – trousers (Bri)), tem
a questão do sotaque, que foi com o que eu tive mais dificuldade no início. Mas
ao longo da viagem, essas dificuldades foram se dizimando.
O que destaca como grandes aprendizados
depois da experiência de viver em dois países diferentes do Brasil?
Apesar de tudo de maravilhoso que vivi
nesses 03 meses fora do Brasil, acho que o maior aprendizado que tive foi
valorizar ainda mais a vida que tenho no meu país, com todas as facilidades de
estar perto da minha família, de ter meu próprio carro pra me locomover, de
viver em um clima tropical, dentre outras coisas.
Depois de
saber um pouco sobre como foram esses meses, não dá pra duvidar que o
intercâmbio, além de ser um investimento na vida profissional, proporciona um
grande enriquecimento pessoal e cultural. E que, dificilmente, seria adquirido
de outra forma. Fica o conselho: invista no seu futuro, invista em você. ;)